“Mídias sociais e cidadania”


Atualmente, o ciberespaço se tornou grande fonte de informação e interação dos usuários em rede, podendo-se tratar de vários assuntos. Neste espaço de múltiplas interações, o indivíduo, na atual conjuntura dos recursos da internet, pode e deve criar vínculos, disseminar informações e propor discussões sobre um determinado assunto.

O governo seguiu a mesma tendência, e se apropriou em parte, das tecnologias de informação para garantir acesso dos cidadãos às políticas de governo e poder se “manifestar” por canais de comunicação incluídos no sistema. O fato é que esses cidadãos não consideraram a ferramenta eficiente, pois não bastava “escrever mensagens”, ou “deixar recados” nos diversos mecanismos criados. A sociedade em si, quer um diálogo mais amplo, aberto e transparente. Quer participar ativamente das discussões no âmbito governamental e ajudar a propor políticas públicas.

Mas, de que forma pode-se exercer essa cidadania por meio da internet?


Essa questão foi levantada pelos pesquisadores Tiago Mainieri e Eva Márcia Arantes Ostrosky Ribeiro, que publicaram um artigo intitulado “A comunicação pública como processo para o exercício da cidadania: o papel das mídias sociais na sociedade democrática” pela Revista Organicom de 2011.

Nesse texto, citam as mídias sociais como uma das principais formas de promover o diálogo, discussões e interações pela internet, tendo como princípio, refletir as ações de comunicação na área pública como uma base para a participação democrática para os assuntos de interesse público.

Uma das críticas que os autores fazem ao atual contexto da apropriação das redes sociais, principalmente, pela comunicação governamental, é de que ela não promove tais debates e sim para fins de divulgação das ações políticas. Dessa forma o princípio básico para a “reivindicação” por parte dos cidadãos é prejudicada, pois a característica da comunicação entre governantes e sociedade deveria ser o diálogo.

O assunto ainda novo, e por isso necessita de estudos para sua viabilização e implantação. Para isso, a sociedade precisa compreender seu poder de participação nos assuntos públicos e querer fazer parte dessa mudança.

E você caro leitor, deseja fazer parte disso? 
Então, vamos dialogar!


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