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Mostrando postagens de 2013

“Na comunicação pública, a linguagem também precisa se adequar!”

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Em notícia divulgada ontem (01/07) pelo Senado Federal, está em discussão a atuação dos veículos públicos de comunicação e sua interação com o público mais importante no momento: os jovens. Segundo Fernando Cesar Mesquita, vice-presidente do Conselho de Comunicação Social, os veículos públicos, como a EBC (Empresa Brasil de Comunicação) precisam melhorar a maneira como dialogam com os jovens, principalmente após as grandes manifestações que ocorrem no país. As manifestações, que ocorrem desde junho segundo Fernando, necessitam que a comunicação pelos veículos e órgãos públicos utilizem uma linguagem que seja melhor compreendida pelos jovens, mas também aceita por estes sem parecer "propaganda", como diz. Também, segundo ele, ficou evidente que a comunicação pública não se mostrou eficiente ao tentar veicular mensagens a este público. A EBC, voltada para a disseminação de conteúdo cidadão e gestão democrática, foi criada em 2007 como medida de fortalecimento da

“Comunicação Pública e Advocacy: do discurso a participação”

Um termo não muito conhecido ao se tratar da comunicação pública, mas que possui grande significação quanto a sua aplicação: o advocacy . Dentro da comunicação governamental, este termo é constantemente utilizado para se referir as estratégias de fortalecimento da comunicação pública, de forma aproximar gestores públicos e a sociedade civil aos assuntos de interesse público e social. O advocacy utilizado como um instrumento poderá ajudar no aprofundamento de debates, na adoção de políticas e consolidação de direitos, como por exemplo, o direito a comunicação. Existem algumas ações adotadas por organizações públicas como uma nova prática e indício de mudanças: Reconhecimento e retorno: gestores governamentais devem reconhecer erros e motivações da sociedade no espaço midiático, sendo o poder público aberto aos públicos e com relacionamentos pautados na transparência e accountability .  Planejamento e gestão: definição de prioridades, objetivos e metas norteadoras

“Qual é o papel da Comunicação Pública no Estado Democrático?”

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Primeiramente, deve-se compreender que a definição de comunicação pública está pautada em três pontos principais: a informação, os fluxos de comunicação e a participação. A partir destes pontos, é possível refletir sobre as seguintes questões: ü   A informação é totalmente acessível? ü   É simétrica, a ponto de propiciar o diálogo? ü   Nestes, o cidadão tem a possibilidade de participar na                        implantação de políticas públicas? Nestas questões, apesar das várias mudanças no cenário da comunicação, ela ainda necessita de muitos estudos e viabilizações para que de fato, possa ser acessível, simétrica e participativa. Por isso, entende-se que os objetivos da comunicação pública sejam criar canais que propiciem o diálogo, a participação dos indivíduos e facilitar o acesso a informação, sendo ela pautada na transparência. Mas, no Estado Democrático, qual é o papel da Comunicação Pública? Entendendo que democracia (do grego demokratía ) signific

Livro: “Comunicação Pública – Estado, Mercado, Sociedade e Interesse Público”

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Durante as últimas semanas, surgiram notícias a respeito da discussão sobre comunicação pública, quais as suas possibilidades de aplicação e a importância da ampliação dos estudos na área. Com isso, percebe-se a oportunidade de fomentar debates sobre o assunto e participar da construção do conceito no país. Para ajudar nessa construção e propiciar estudos futuros, o livro “Comunicação Pública – Estado, Mercado, Sociedade e Interesse Público” de Jorge Duarte, traz contribuições importantes para a compreensão da realidade comunicacional e social brasileira, que tem como base o contexto político vivenciado pelo Brasil no início da década de 1980. O livro, composto por 16 capítulos, é escrito por profissionais e pesquisadores do campo da comunicação pública, que a partir de análises e a vivência na área, trazem os resultados de suas investigações e percepções ao longo das mudanças políticas, sociais e comunicacionais no país. Apresentam também questionamentos sobre a abordagem

“Comunicação Pública no Brasil: mudança de caminhos”

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As possibilidades de pesquisas em comunicação, como já mencionado, são muitas, principalmente no que diz respeito a comunicação pública. A pesquisadora Mariângela Haswani relatou uma vez que o tema “Comunicação Pública” não é discutido no Brasil, sendo poucas vezes abordado o assunto, mas essa tendência parece estar mudando. Nesta quarta-feira (15/05) foi divulgado que o Brasil sediará a 13ª Conferência Internacional sobre Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (PCST, sigla em inglês), realizada pela primeira vez na América Latina. Esta tem o objetivo de trazer as discussões sobre a comunicação como ciência, como uma forma de inclusão social e engajamento político. Neste evento espera-se propostas nas áreas de divulgação científica para as questões de tomada de decisões, de crenças, valores, cidadania e novas tecnologias. A conferência irá ocorrer entre os dias 5 e 8 de maio de 2014 em Salvador, na Bahia. Para mais informações acesse o site da Agência FAPESP e do PC

“Financiamento para a comunicação pública: possibilidades para a cidadania”

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Em notícia veiculada essa semana, há uma discussão para que haja o financiamento de empresas de comunicação, principalmente das instituições públicas e comunitárias. Essa medida, debatida pela Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados prevê que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) estabeleça as linhas de financiamento da mídia alternativa do país. A importância deste tipo de ação demonstra que as já existentes mídias públicas, de uma forma geral, exercem um papel relevante na transmissão de informações e conhecimento, tornando-se um ambiente de discussões para os assuntos públicos. O grande passo é justamente a percepção dos órgãos governamentais sobre a necessidade da difusão da comunicação alternativa, que como salienta a deputada Jandira Feghali: " As mídias alternativas e livres são fundamentais sob a ótica da cultura, porque essa diversidade cultural brasileira precisa ter meios de difusão para a liberdade de pensamento do conhecimento, de expressão

“Como está a Comunicação Pública?”

A pergunta inicial de apresentação neste blog não é ao acaso. E sim pela necessidade de estudos e análises da atual atuação da comunicação pública no setor privado, terceiro setor, e principalmente no setor público. A forma como vem sendo instituída nas políticas de comunicação, suas funções e atribuições, por vezes, tem sua estrutura primordial modificada: a informação.  A partir dessa modificação da informação, os públicos destes setores se encontram em um dilema: como ter acesso a informação, adquirir conhecimento e exercer seu papel de cidadão na sociedade, quando não se tem certeza da veracidade destas informações?  Logo, se os setores organizacionais praticam omissão de informações quanto à seu conteúdo, priva-se o indivíduo de ter total acesso e conhecimento aos assuntos públicos, e assim, quanto ao seu direito pleno de exercício da cidadania. Assim, o que deve ser repensado para a aplicação da comunicação pública plena, são as políticas éticas de comunicação, se

Livro: “La Communication Publique”

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Semana passada, ao comentar sobre as pesquisas em comunicação , foi citado Pierre Zémor como o principal pesquisador sobre comunicação pública, sendo referência em vários países do mundo. Desde a publicação do livro “La Communication Publique”, lançado primeiramente em 1995 em Paris, a pesquisa de Zémor traz contribuições importantes para o estudo e ampliação da comunicação pública a partir dos conceitos por ele definidos. Ao longo dos capítulos percebe-se a veemência do autor ao afirmar, por meio de termos, os elementos que constituem a comunicação pública, como o “interesse público”, a “informação”, a “cidadania”, os “direitos” e o “diálogo”. Esses estão constantemente interligados e, são parte essencial para o relacionamento entre órgãos governamentais e seus públicos. Para estudantes e profissionais de comunicação, trata-se de um livro essencial para a compreensão das concepções teóricas e o para fomentar discussões. Autor: Pierre Zémor Edição / Ano: 4ª Ed /

“Mas afinal, o que é Comunicação Pública?”

As pesquisas realizadas em comunicação, atualmente, encontram-se em fase aquecida, sendo encontradas novas formas para sua aplicação no campo privado, público e de terceiro setor. Dentre as pesquisas feitas na área, um dos temas relevantes do momento é sobre comunicação pública, que viabiliza diversas formas de aplicação pela sociedade, para assim, poder expressar sua opinião e propor discussões de interesse coletivo com os três setores organizacionais em assuntos de interesse público. Um dos objetivos, é a busca dos cidadãos pela participação direta em políticas governamentais e o exercício de seus direitos. Há alguns anos esse tema começou a ser estudado como uma comunicação mais abrangente, pois agrupa vários setores da sociedade. No Brasil, os estudos sobre a comunicação pública começaram há pouco mais de 10 anos, justamente pela falta de abordagem do assunto, confirmada pela pesquisadora Mariângela Haswani: “No Brasil não se discute Comunicação Pública. E, com algumas pouc

“Mídias sociais e cidadania”

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Atualmente, o ciberespaço se tornou grande fonte de informação e interação dos usuários em rede, podendo-se tratar de vários assuntos. Neste espaço de múltiplas interações, o indivíduo, na atual conjuntura dos recursos da internet, pode e deve criar vínculos, disseminar informações e propor discussões sobre um determinado assunto. O governo seguiu a mesma tendência, e se apropriou em parte, das tecnologias de informação para garantir acesso dos cidadãos às políticas de governo e poder se “manifestar” por canais de comunicação incluídos no sistema. O fato é que esses cidadãos não consideraram a ferramenta eficiente, pois não bastava “escrever mensagens”, ou “deixar recados” nos diversos mecanismos criados. A sociedade em si, quer um diálogo mais amplo, aberto e transparente. Quer participar ativamente das discussões no âmbito governamental e ajudar a propor políticas públicas. Mas, de que forma pode-se exercer essa cidadania por meio da internet? Essa questão foi levanta