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“Empoderamento da mulher na comunicação pública”

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8 de março. Dia Internacional da Mulher. Data em que nós mulheres somos celebradas, presenteadas e por quê não dizer, idolatradas - ou quase isso. Muitas são parabenizadas pelo trabalho e pela conquista de direitos. Porém, houve um caminho árduo e doloroso para que fosse conquistado nosso espaço e ser devidamente merecido. Enquanto as grandes corporações articulam campanhas e promoções, é necessário ter em mente que essa data merece mais do que presentes, mas sim uma reflexão. A data em si representa a luta operária, por melhores condições de trabalho, direitos trabalhistas e igualdade de salários entre homens e mulheres. A história, talvez já conhecemos bem, quando na New York de 1857 ou 1910 (segundo as diversas versões), tecelãs e costureiras fizeram greve nas fábricas e que acidentalmente - ou não - , centenas morreram queimadas no interior da mesma. Junto a isso, temos também a luta política, a libertação da mulher, a reivindicação do direito ao voto e sua inserção no siste

“Reforma Política: propostas e reformulações”

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Nas eleições de outubro de 2014, em que houve uma das maiores disputas partidárias do sistema democrático, candidatos e eleitores debateram muito mais sobre a "qualidade" de seus partidos do que as propostas apresentadas - e que ainda ocorre, mais intensamente por redes sociais. Com a facilidade para a criação de partidos e a promoção de cargos aos candidatos com pouca experiência na vida política, levantou-se uma questão: será que nosso sistema político não precisaria de reformulações e critérios que regulamentassem partidos, candidatos e formas de financiamento publicitário? É justamente esta indagação que será debatida e votada no Senado nesta semana. Após uma reunião de líderes no Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) - com autoridades, acadêmicos, economistas, médicos e outros participantes - discutiu-se a situação do país, na qual abordaram a reforma política como tema principal. Por esse motivo, serão convocadas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, um

“Mídia Cidadã e Movimentos Sociais: desigualdades, resistências e mídia inclusiva”

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Estão abertas as inscrições para a X Conferência Brasileira de Mídia Cidadã e a V Conferência Sul-Americana de Mídia Cidadã, que será realizada entre os dias 22 a 24 de abril de 2015, na UNESP em Bauru, São Paulo. O tema deste ano é "Mídia Cidadã e Movimentos Sociais: desigualdades, resistências e mídia inclusiva". Iniciada em 2005, a Conferência Brasileira de Mídia Cidadã teve como ponto de partida o estudo sobre o direito à comunicação obstruída por fatores políticos, econômicos e sociais. Estes ocasionavam na dificuldade ao acesso à informação pelas diferentes mídias, que por vezes utilizam dos atributos de desinformação e distorção para selar seu papel informativo a sociedade. Com o agravo da exclusão social gerada pela dificuldade de acesso aos meios de comunicação e a criação de conteúdo pelos grupos sociais, tornou-se importante a compreensão cidadã de não somente ter acesso aos meios de comunicação e informação, mas também dos processos comunicacionais na qual

“Na comunicação pública, a linguagem também precisa se adequar!”

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Em notícia divulgada ontem (01/07) pelo Senado Federal, está em discussão a atuação dos veículos públicos de comunicação e sua interação com o público mais importante no momento: os jovens. Segundo Fernando Cesar Mesquita, vice-presidente do Conselho de Comunicação Social, os veículos públicos, como a EBC (Empresa Brasil de Comunicação) precisam melhorar a maneira como dialogam com os jovens, principalmente após as grandes manifestações que ocorrem no país. As manifestações, que ocorrem desde junho segundo Fernando, necessitam que a comunicação pelos veículos e órgãos públicos utilizem uma linguagem que seja melhor compreendida pelos jovens, mas também aceita por estes sem parecer "propaganda", como diz. Também, segundo ele, ficou evidente que a comunicação pública não se mostrou eficiente ao tentar veicular mensagens a este público. A EBC, voltada para a disseminação de conteúdo cidadão e gestão democrática, foi criada em 2007 como medida de fortalecimento da

“Comunicação Pública e Advocacy: do discurso a participação”

Um termo não muito conhecido ao se tratar da comunicação pública, mas que possui grande significação quanto a sua aplicação: o advocacy . Dentro da comunicação governamental, este termo é constantemente utilizado para se referir as estratégias de fortalecimento da comunicação pública, de forma aproximar gestores públicos e a sociedade civil aos assuntos de interesse público e social. O advocacy utilizado como um instrumento poderá ajudar no aprofundamento de debates, na adoção de políticas e consolidação de direitos, como por exemplo, o direito a comunicação. Existem algumas ações adotadas por organizações públicas como uma nova prática e indício de mudanças: Reconhecimento e retorno: gestores governamentais devem reconhecer erros e motivações da sociedade no espaço midiático, sendo o poder público aberto aos públicos e com relacionamentos pautados na transparência e accountability .  Planejamento e gestão: definição de prioridades, objetivos e metas norteadoras

“Qual é o papel da Comunicação Pública no Estado Democrático?”

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Primeiramente, deve-se compreender que a definição de comunicação pública está pautada em três pontos principais: a informação, os fluxos de comunicação e a participação. A partir destes pontos, é possível refletir sobre as seguintes questões: ü   A informação é totalmente acessível? ü   É simétrica, a ponto de propiciar o diálogo? ü   Nestes, o cidadão tem a possibilidade de participar na                        implantação de políticas públicas? Nestas questões, apesar das várias mudanças no cenário da comunicação, ela ainda necessita de muitos estudos e viabilizações para que de fato, possa ser acessível, simétrica e participativa. Por isso, entende-se que os objetivos da comunicação pública sejam criar canais que propiciem o diálogo, a participação dos indivíduos e facilitar o acesso a informação, sendo ela pautada na transparência. Mas, no Estado Democrático, qual é o papel da Comunicação Pública? Entendendo que democracia (do grego demokratía ) signific

Livro: “Comunicação Pública – Estado, Mercado, Sociedade e Interesse Público”

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Durante as últimas semanas, surgiram notícias a respeito da discussão sobre comunicação pública, quais as suas possibilidades de aplicação e a importância da ampliação dos estudos na área. Com isso, percebe-se a oportunidade de fomentar debates sobre o assunto e participar da construção do conceito no país. Para ajudar nessa construção e propiciar estudos futuros, o livro “Comunicação Pública – Estado, Mercado, Sociedade e Interesse Público” de Jorge Duarte, traz contribuições importantes para a compreensão da realidade comunicacional e social brasileira, que tem como base o contexto político vivenciado pelo Brasil no início da década de 1980. O livro, composto por 16 capítulos, é escrito por profissionais e pesquisadores do campo da comunicação pública, que a partir de análises e a vivência na área, trazem os resultados de suas investigações e percepções ao longo das mudanças políticas, sociais e comunicacionais no país. Apresentam também questionamentos sobre a abordagem